março
" ... marçagão, manhã de Inverno, tarde de Verão e à noite focinho de cão."
as almofadas cinza rato do sofá têm a forma em cova dos meus ombros.
as estantes preenchidas de livros são paredes frágeis de caixotes, misturados com outros onde escrevi vidros, louça, roupa.
é tudo o que tenho. caixotes com maiúsculas a preto e um sofá escavado. adormeço perplexo com a caligrafia, hieroglifos criados em vários meses em todas as direções e lados dos quadrados. o sol come diariamente pequenas quantidades da tinta. temo que em breve não saberei onde anda a minha vida.
porque não voltas a escrever? diz a voz que mora lá no sítio onde as vozes residem e se precipitam a falar quando estamos prestes a adormecer. respondo com uma pergunta, mas é inútil, porque adormeço muito antes de ouvir a resposta.
Ah, Manel, que saudades desse jeito tão teu de escrever e contar as tuas emoções! Está explicada a ausência e a falta de vontade de andar nestas andanças. Essas, em que te meteste agora, nem tempo te dão para sonhar. Compreendo! Vai com calma e não stresses.
ResponderEliminarVoltas para cá ou continuas por aí? Bom mesmo seria estares a mudar para junto de uma companheira... 😊
Tudo o que gostaríamos era ver-te feliz.
Beijinhos, Manel!
nã há ovelhas em perspectiva, mas será a concretização de um sonho :)
Eliminarvou dando noticias, sim e de volta para a terrinha
beijos, Janita!
ResponderEliminarCom caixotes, sem caixotes; com letras carcomidas pelo sol, quero lá saber.
Tás bibo carago!
E, como diz a Janita, bom mesmo, é que estejas feliz, ou a caminho disso.
Beijinho, afilhado mailindo quinté.
tou bibo! mas ansioso por mudar. quando as coisas estiverem mais calmas, tento arranjar um tempinho para compor umas letras.
Eliminarbeijinhos madrinha!
Fico satisfeita que Março o tenha trazido de volta...é o que faz uma Primavera chuvosa:). Eu nem sei onde vive...mas se a mudança for para Portugal, que venha, precisamos cá de si para trazer a chuva necessária, mas sem inundar tudo...sem uns dias de sol não vou sobreviver.
ResponderEliminarestá um tempo magnífico! uma chuvinha adorável :D e assim vai continuar, que a seguir vem abril :D
Eliminarbeijos
A resposta está aqui, na tua caixa de comentários! Escreve, pois!
ResponderEliminarA vida? Essa vais encontrá-la a cada esquina.
Beijinho, Manel das Tempestades.
preciso de tempo e sossego para escrever... na confusão nã produzo nada :D
Eliminarbeijos, Maria Tutu
E assim, sem que aparecesses, vi passar o Abril das mudanças, o Maio das rosas e dos mil aromas, o Junho dos festejos populares e das sardinhas a saltar da brasa para o pão, o Julho mês quente com cheiro a maresia e Verão. Já Agosto despontou a gosto de quem gosta do calor, mas de ti, Manel, não vejo nem um fio de cabelo, nem uma letra, nem uma simples palavra que todos adoraríamos ler:
ResponderEliminarVOLTEI.
Saudades de ti, moço!...
Abraços e beijos.
tchiiiiii, passou tanto tempo, mas parece que foi ontem :)
Eliminarpseudo-voltei! já tenho pouso, mas precisava que o tempo esticasse... e a inspiração, uma lástima! talvez quando o frio vier :)
saudades tuas também e destas partilhas, destes recados poéticos
beijos e abraços
Com uma lágrima a rolar-me até ao queixo e um largo sorriso no rosto, quase não queria acreditar que estavas de novo entre nos. Ah, Manel, já me fizeste ganhar o dia. O dia? O mês...o ano, só não direi toda a vida por ser já curta para suportar tanta alegria.😊
EliminarObrigada, Manel.
Grande abraço.