zdemoralizowany
Tudo tem um tempo, um momento. Depois desse tempo deteriora-se, amarelece desde o pé e espalha-se a morte pelo corpo, tornando-se o caule quebradiço, amolecido nos tecidos adjacentes. Picados os nervos pelo bolor, alastrando pelas margens outrora verdes, não adianta deixar de molho ou reanimá-lo com mezinhas. Revirado nas pontas, vai perdendo o viço até ficar translúcido, como uma assombração perdida entre pisos numa mansão de trinta e sete assoalhadas. Desbotado, sem cheiro. E lá vai ele, depreciado, mancando de um joelho, mal-assombrado, varre sem esperança as últimas folhas. E de lá é vê-lo ponderar lançar ou não uma última linha, mesmo que as águas se agitem fulgurantes, barbatanas sacudindo remoinhos de água turva.
9 de Agosto de 2014
Meu caro MMT nada a comentar!
ResponderEliminarJá aí andei... mais do que uma vez, só nunca o tinha visto tão bem escrito.
muito agradecido :)
Eliminarque descrição fabulosa.
ResponderEliminaragora sou eu que te roubo uma expressão: fiquei verde de inveja. mas da boa. :)
fico vermelho :) obrigado
Eliminaresta noite sonhei o teu sonho da lama. quero ver agora...
ResponderEliminarporque nã sonhaste com o gelado de morango? era mais saboroso :)
Eliminarvarria lama com uma vassoura de varrer relvados...
Eliminarestá frio para o gelado.
arrepiei-me...
EliminarEstá a falar de quê? do nenúfar ou do sapo?
ResponderEliminar(belíssimo texto)
:)
foi escrito em 2014, tinha esperanças que alguém me soubesse dizer :)
EliminarMesmo que as águas se agitem fulgurantes, o lago não é o certo.
ResponderEliminarO nenúfar vai perdurar...
Eu penso o mesmo, mesmo distante do lago.
Beijos e beijos de fava avariada e engelhada. :))
se calhar era isso que queria dizer :)
Eliminartenho saudades da menina Fava, volte para casa :)
beijos
Já tinha saudades de te ler.Tão bonito ...
ResponderEliminar:)
Beijos
obrigado, deixas-me sem jeito :)
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