wasser

O governo alemão aprovou ontem um plano de defesa civil, que pede aos cidadãos para fazerem aprovisionamentos de água e alimentos, permitindo uma resposta em caso de atentados ou catástrofes naturais. Esta medida não está relacionada com o forte sismo que ontem abalou o centro de Itália, provocando mais de duas centenas de vítimas mortais. Foi o pior sismo dos últimos trinta anos. Aquela região é propícia pois situa-se entre duas placas tectónicas, e entre elas existem inúmeras falhas onde se acumula a tensão provocada pelo movimento das placas. Quando a rocha não suporta mais tensão, há roturas e sismos. 
É possível aferir a proximidade de uma crise sísmica, principalmente nas regiões vulcânicas através da monitorização de variáveis como a temperatura e a emissão de gases. Mas prever quando e onde um determinado sismo pode ocorrer, e qual a sua magnitude, é praticamente impossível. Também é difícil prever o que vai na mente dos governantes do mundo, que informação terá a Alemanha para por em prática um plano de defesa civil. Há quem diga que esta medida está relacionada com os últimos atentados terroristas. Pode também ser uma manobra para escoar enlatados. 
Por via das dúvidas, deixo ficar uma informação extra sobre o que fazer e não fazer em caso de sismo, e quando terminar este pequeno texto, vou até ao supermercado comprar água e enlatados para dez dias. Isto não quer dizer que esteja com medo das medidas alemãs. Eles não me assustam. Até porque todos os alemães que conheci até à data, nenhum deles era capaz de sobreviver dez dias sem cerveja, ou outra bebida alcoólica. O mesmo se pode dizer dos polacos, dos russos, dos noruegueses...
Aprovisionamento de água!!! só pode ser uma piada. 



Se ficarem soterrados nos destroços de um sismo, cubram a boca e o nariz com um pedaço de roupa e evitem gritar. A melhor forma de chamarem a atenção das equipes de socorro é tentarem bater com um objecto para indicarem a vossa posição. 




Comentários

  1. Obrigada pela informação em letras miudinhas, Manel. Relativamente aos alemães, impossível saber o que lhes vai na cabeça para provocar tal alarmismo. A mim também me passaram várias coisas pela cabeça mas prefiro nem as registar. Já basta o que basta.

    [Quando o governo fala em água, eles sabem que é de cerveja que se trata - LOL]

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    1. será que sabem? :) eu nã sabia...
      estou a pensar tornar o sonho realidade e dar palestras sobre assuntos pouco convencionais como por exemplo técnicas de abertura de conservas quando a anilha parte...

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    2. essa é fácil: vai à facada, acompanhando o rebordo interior da embalagem, a tampa :)

      ___
      p.s. - li que três quartos da povoação mais atingida desapareceram e, com a réplica de hoje, houve ordem de evacuação total: tudo em mim pensa nos sobreviventes que estarão sob os escombros...tudo em mim queria estar lá a ajudar, como nas ilhas onde se derrubam os migrantes, como junto das crianças sírias, como, como, como,...

      p.p.s. - a vida consegue ser tão estupidamente vivida (olhando para Portugal, que gasta 5 milhões para que venham 2 anfíbios apoiar no combate às chamas e dás contigo a pensar nos outros milhões que terão antes sido gastos, e no que esses milhões dariam, em empregos seguros para a vigilância das matas, agora que os resineiros se foram e os sapadores florestais não chegam para nada)

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    3. nã quero atirar as culpas no anterior governo (mas a verdade é que têm culpa)... mas parece-me que cortes em todos os sectores, são facturas que se pagam caro a médio e longo prazo!

      sinto-me ainda mais inútil quando escrevo sobre calamidades desta envergadura...

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  2. Manel, útil esta tua informação.
    Por experiência sei que na hora, por muito bem interiorizados que estejam certos cuidados, é relativamente fácil falharem.
    Um exemplo. Há cerca de dois anos tive uma valente inundação em casa. A braços com aqueles trabalhos e a ver a água a escorrer pelas paredes, ligo o interruptor da luz que estava também encharcado. Só os gritos dos vizinhos me alertaram. E claro que eu sei muito bem que é perigoso.

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    1. sim, sim, foi por isso que coloquei em letras pequenas, como se fosse daquelas mensagens que quero que fique gravada, mas em situações destas nunca sabemos como cada um vai reagir... espero que nunca passemos por algo deste tipo... sinceramente.

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  3. Credo! Parece que andas a ler jornais e tudo, está tudo bem ? :)
    Deixa, por mim todos os governos deviam mandar os cidadãos comprar enlatados, principalmente atum e sardinha, podia ser o início do fim da crise para Portugal. Quem sabe?
    A natureza é imprevisível. Mas, há especialistas para tudo.
    Ontem, um 'especialista' dizia 'por isso no norte do país não ocorrem sismos' e eu lembrei-me de que os únicos que senti foram lá, já estive noutros locais há hora do sismo, aquela hora, a hora certa e nem uma tremidela ...

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    1. vê lá tu para o que me deu... começo a suspeitar que a culpa é tua... a leitura assídua do teu blog dá-me vontade de estar actualizado :)
      eu gosto muito das conservas alva, em especial as sardinhas em molho de tomate picante... mas ainda estou à espera que eles me paguem a publicidade que lhes estou a fazer... nem me responderam ao mail!!!
      já senti umas tremidelas, mas só das boas :) daquelas nã quero...

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    2. sou uma óptima influência! só te falta começar a escrever de coisas parvas, tal qual eu.
      Coisas bonitas escreves melhor, já lhe andas a dar nas notícias só faltam as coisas parvas...

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    3. tinha para comigo que era genial a escrever sobre coisas parvas... agora até fiquei um pouco desapontado... chiça!

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    4. As tuas parvas são demasiado bonitas.

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    5. As tuas parvas são demasiado bonitas.

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  4. estou eu quase a ultrapassar a minha obsessão de armazenar, enlatados, água, massas, arrozes, farinha, analgésicos, anti-inflamatórios, anti-piréticos, desinfectantes, detergentes, gases e adesivos, velas e lenha... e vens-me tu com esta... afinal quem estava certa era eu...cuncaneco...volto ao mesmo.

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    1. tenho sempre um ou mais garrafões de água por baixo da pia com água da torneira, desde que li o ensaio sobre a cegueira... nã me parece uma obsessão estranha :)

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    2. eu não consegui ler até ao fim...não gostei assim a modos de detestar. atirei o livro pela janela da casa de banho...

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    3. atirar livros... isso é um duplo crime!!!

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    4. quando eu me zango, Manuel...

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