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hecatombe

das couves plantadas com a devida antecedência para a ceia de natal, restam pequenos e estranhos rendilhados, peças frágeis de filigrana verde que nem as galinhas apreciam. outras simplesmente definham, atacadas pelas raízes, mirram, enrugam de cinza até deixarem este mundo. nem os belos dos brócolos se salvam. mas a hecatombe não se limita às brassicáceas.   das favas, um punhado delas, não se vislumbra vestígios no canteiro de terra lavrada e bem adubada. é do calor, dizem. as abóboras ficaram mais dias do que deviam, mas o ciclo das plantas obedece a ordens internas, elas germinam na altura que devem, mesmo quando o clima não é propício. as folhas continuaram a crescer fora de tempo e a expandir-se por todo o lado, mas os frutos não passavam de pequenos novelos que escureciam ao fim de dois dias. um novo punhado de favas é intercalado com minucia. mais de quarenta reforços de couves são alinhados no canteiro onde os tomateiros tombaram. se lá chegarem, à ceia, será um milagre....

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