contratura

 

Não sei dizer se gostava ou não de saber que escrevem sobre mim. Acho que iria depender daquilo que escrevessem. Tem de haver algum limite. Isso é o que penso cada vez que incluo alguém que conheço nas minhas histórias. Os limites. Nunca uso os seus nomes e evito detalhes que sejam demasiado pessoais, mas será que, mesmo assim, é correto? Se calhar não é, mas como posso escrever sem nunca incluir ninguém, quando na maior parte das vezes são as pessoas que me oferecem as chaves para abrir as palavras?

Hécate não faz ideia da quantidade de vezes que a mencionei nos meus escritos. Há gatafunhos em cadernos sobre ela que nunca filtrei para aqui. Ela, a senhora das chaves, abriu-me muitas palavras.  Talvez quando eu morrer as palavras cheguem a ela, mas desconfio que não se aborreça. Afinal, fiz dela uma deusa, talvez até encontre algum humor nisso.





Comentários

  1. Hécate não se vai importar de certeza. Vai verificar os caminhos por onde se perdeu na literatura e ficar encantada com isso, já que deusa do encantamento e deusa dos caminhos são dois dos seus títulos.
    Abraço e saúde

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    Respostas
    1. espero que nã se importe mesmo :)
      abraço, continuação de boa semana com muita saúde

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  2. eu não me importo que escrevas sobre mim :)

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  3. Quantas deusas:) Falamos sempre dos outros até quando de nós falamos...não se rale.

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