irradiante

 O homem despertou ao primeiro latido, abriu a persiana do quarto, mas a escuridão era demasiado densa para a sua visão de humano. Desceu as escadas em chinelos de quarto e saiu assim como estava, de pijama, sem sentir as temperaturas próximas do zero. As luzes do exterior misturavam-se com a névoa, criando uma aura estranha em torno das árvores, do portão e dos pequenos edifícios das traseiras. O cão veio ao seu chamamento, mas logo voltou a rosnar terrivelmente, no encalce de algo que o homem não conseguia ver. Ele sentia a presença, havia ali algo a poucos metros e conseguiu ouvir claramente a fuga, em passos ao de leve sobre o policarbonato que cobria a estufa. Era possível que fosse uma raposa, ou então um visitante irradiante de outro mundo.



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