decomposição
È una regola che vale per tutto, anche per l'Universo, destinato a finire nel disfacimento totale. Disse a mulher de caracóis curtos e negros, enquanto me mostrava este estranho pedaço de resina amarela onde em lugar de se ter fossilizado um insecto, surgia a imagem holográfica do busto de um homem. Mas o meu interesse era outro. Nunca tinha visto este tipo de formações de carbonato de cálcio, calcite e nácar que ornamentavam a porta. Peguei nas estranhas conchas de uma só peça com protuberâncias laterais alongadas, tentando imaginar que tipo de ser ali se alojava. Via-se o mar, mas não era o mar certo. Subi as escadas caiadas até à estrada, abandonando a mulher dos caracóis. Havia outras, nenhuma conhecida. Uma falava ao telefone de como era difícil arranjar estacionamento, a outra, da decomposição de tudo. A sensação é que todas queriam a minha atenção, ou outra coisa qualquer. A costa era irregular, com formações em casca de cebola e areias amarelas. Nada que ver com as praias de Barcelona, onde supostamente estava destacado na minha anterior ocupação. Talvez por culpa do holandês que escolheu como narrador um construtor de estradas, natural de Saragoça. Às vezes parece que o holandês consegue escrever os meus pensamentos, ou decompor os meus sonhos.
Botticelli, The Birth of Venus (c. 1484–1486). Uffizi, Florence |
Conchas são casas, não entre sem bater à porta:)
ResponderEliminarpode ser uma forma de obter roxo :)
EliminarA mulher de caracóis negros tem razão. Tudo se decompõe com o tempo, até o Universo entra em decadência e vai ficar tumefacto e nauseabundo...O processo já começou, Manel. Que o digam os fabricantes de sonhos...que se esforçam como tu...para manter viva a ilusão. :)
ResponderEliminarBeijos, bom domingo.
oh isso foi fofo! :) fiquei feliz por me lembrar de quase todo o sonho, ultimamente ando a esquecer, ou então, já nem sequer sonho
Eliminarinfelizmente, parece o fim
beijos, bom domingo querida Janita