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As pegas voltaram à pequena árvore despida. Voltam em par, provavelmente um casal. Nas pegas não é possível distinguir o macho da fêmea pela plumagem, apenas pelo tamanho. Não pousam as duas em simultâneo na árvore em frente à minha janela. Enquanto uma escolhe e quebra com aparente facilidade um pequeno galho, a outra fica atenta nos telhados próximos. Quando uma das aves parte com o galho no bico, a outra aproxima-se e também leva com ela um outro galho. O ninho deve ser uma construção cuidadosa, no topo de uma árvore alta, longe de predadores como os gatos. Levam algum tempo a escolher os galhos certos, com parcimónia e apesar de existirem outras árvores por perto, parece que é esta, mesmo em frente à minha janela que elas preferem. É curioso que na mesma semana em que volto a encontrar as pegas na árvore, elas me apareçam no livro do holandês. Há quem acredite que avistar uma destas aves dá azar, mas duas é sinal de sorte. Se sonhadas, pode ser sinal de roubo, em bando, traição por parte de uma mulher. Coisas estranhas para se dizer de um ser tão inteligente, mas com má fama e um mau nome. Sobre o tigre, isso fica para outra vez.
E foi assim que, três anos volvidos, a pequena árvore despida volta a ter a visita não de uma, mas de duas aves e a promessa de alongamento do texto foi cumprida. Homem de palavra vale por mil... :)
ResponderEliminarBeijo, Manel.
(Não te esqueças de telefonar ao teu Pai)
alongar nã é difícil, o que custa mesmo é manter a qualidade :)
Eliminarbeijos Janita, boa semana
Não parecem amigos esses dois na imagem:)
ResponderEliminarTão bom observar árvores e pássaros, ter tempo para gastar nisso ou fazer por o ter.
~CC~
quando a musa me abençoar, tentarei voltar ao tigre... acho que nesta ocasião tive sorte, nã passo tanto tempo a olhar pela janela como gostaria :) boa semana
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