valsa
As máquinas entravam na seara e à medida que avançavam esfaimadas, com
os grandes dentes reluzentes, as espigas doiradas desapareciam, engolidas por inteiro para o grande
estômago de metal. Na terra pisada ficavam alguns caules, folhelhos e os sulcos das
grandes rodas. Olhei para cima onde outro baile acontecia. Uma valsa de
andorinhas cortava o céu ao som das máquinas, uma centena ou mais, alimentando-se dos insectos desorientados, numa fuga impossível vertical.
Maya’s maize god |
Um belo texto.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom domingo
obrigado, foi só um espasmo :)
Eliminarabraço, muita saúde e boa semana
Tu escreves, eu 'ouço' , vejo e sinto a Valsa da forma que mais me diz.
ResponderEliminarVejo uma planície a perder de vista com douradas espigas de trigo maduro, logo, o deus seria outro. Será que há um Deus para cada cereal...?
Na tua alma nómada há lugar para todos os deuses e deusas... :)
Beijos, Manel.
o trigo que eu saiba nã terá um deus só para ele :) o que por um lado é uma grande vantagem, fica mais em conta, um só deus, vários cereais :D
Eliminarbeijos, boa semana
Bela imagem. Bonito texto
ResponderEliminar.
Feliz domingo… abraço poético
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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obrigado Ricardo, boa semana, abraço
EliminarQue imagem linda. De repente vi um Alentejo doirado.
EliminarBeijinho, afilhado mailindo :)