maligno
Adormeci no sofá depois do
almoço. Nem consigo lembrar o que estava a ver. Qualquer coisa talvez sobre pirâmides
e representações de deuses com cabeças de animais. A esfinge é precisamente
o contrário, um animal com cabeça de faraó. Um humano elevado a deus. Voltei a
sonhar com a casa grande. Não é nenhuma casa em que me lembre de ter vivido e
vai mudando de sonho em sonho, com excepção da arrecadação. Não é claro se
fica na cave ou no sótão, mas é comum o chão e as paredes não serem acabadas,
com areia solta ou gravilha. Desta vez lembro que subi uns degraus para lá
chegar e a abertura era apenas a suficiente para entrar a rastejar. Havia luz e
uma presença e é praticamente sempre a mesma sensação angustiante. Acordo assim
que sinto o olhar em mim.
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