quatrocentos

 acho que nunca tinha acontecido sonhar com cavalos que se transformam em gatos. dava imenso jeito. e aqueles amigos que não vejo faz tanto tempo. apareciam assim do nada, a moça igual ao que era antes, embora na verdade não saiba como será agora. se calhar não mudou como o cavalo que se transformava num gato e entrava no carro para voltarmos a casa. a moça com aquele exagero de azul nos olhos, que estranho era beijá-la e que fazia ali o outro no banco traseiro. e o meu medo que o gato voltasse a ser um cavalo, enquanto viajávamos naquele peugeot quatrocentos e quatro.