imitação

 

Sonhar ou não sonhar- eis a questão; será maior de alma aquele que o sonho lembra ou o que o esquece minutos depois de acordar? Esquecer, dormir… nada mais… É belo como dizer que pomos de parte esse mal natural de herança de uma mente por vezes perturbada. É esse o sonho desejado ardentemente, de sonhar e não lembrar. Esquecer, dormir… dormir… e talvez sonhar. Sim, eis o espinho! Pois que sonhos podem vir dessa cabeça ocupada, depois de libertos como seres alados a meio da noite? Eis a consideração que nos traz a calamidade de tão viva imaginação e demasiadas séries antes de adormecer. Mas como suportaria a ovelha sempre o mesmo prado, a árvore a queda das folhas, as andorinhas a partida, se não sonhassem com androides, gravidade zero e ensaios de teatro?

para a Janita, que me mata de preocupação (volume II)... plagiando indecentemente Hamlet do tio Shakespeare