salada
Hécate e eu mantemos o que nos dias de hoje se denomina de "relação casual". Basicamente encontramo-nos uma ou duas vezes por mês para foder. Não há propriamente regras nem obrigações, podemos ou não intercalar uma refeição, ou uma breve ida ao supermercado, de forma a criar um pouco de ambiente. Não sentimos nada um pelo outro, acho que nem a amizade se aguentou. Já não sei quando é que isto começou, mas a quarentena deu-lhe um estatuto de actividade física essencial e necessária à manutenção da sanidade mental. É quase como comer salada. Não sou fã, mas faz bem à saúde! O maior problema, para além do óbvio, é que temos de manter a coisa o mais físico possível e evitar conversas. Mesmo os tópicos mais inertes que usamos em elevadores com vizinhos, ou em jantares de empresa, como o estado do tempo e as vantagens e desvantagens dos carros elétricos, entre nós levam a terríveis discussões de quase arrancarmos os olhos um ao outro. Da última vez que estivemos juntos, tive a infeliz ideia de lhe sugerir uma série, ao que ela disse que seguia um fulano qualquer na net que não tinha gostado dessa série e por isso ela não ia perder tempo a ver. Fiquei um pouco surpreendido com a atitude e apesar de ultimamente ser difícil estarmos de acordo, nunca achei que ela fosse tão influenciável, e acabei por dizer de forma muito sarcástica que era vantajoso realmente deixar a tarefa de pensar para outros fazerem por nós.
Acho que tão cedo não vou comer salada...
Se queres mesmo saber a minha opinião, Manel, creio bem que devias deixar essa actividade benéfica à saúde mental e comprares uma boneca insuflável. Da Hécate à outra, a que te sugiro, não há grande diferença. Tanto mais que a pandemia já lá vai. Creio bem que a última vez que fizeste sexo com essa tal, foi em princípios de 2020.
ResponderEliminarNão compreendo, por mais que me esforce, porque razão todos os gajos arranjam namoradas e tu um moço de boas famílias, escorreito, de fino trato e bem falante, te submetes a hecatombes dessa natureza.
Beijos e abraços, cigano lindo! :)
hum... as bonecas insufláveis parecem-me pouco ecológicas e frágeis... e também tristes :)
Eliminarnã te aborreças Janita, mas estou longe de ser aquilo que pintas
beijocas, boa semana
Isso soa a dependência, o que, por definição não é bom.
ResponderEliminarJá as saladas podem ser muito boas. Não têm que ser monótonas, os ingredientes casam todos bem entre si. Não há discussões nem dores de cabeça.
Um abraço, Manel!
Sandra Martins
nem sequer tenho uma salada preferida... se calhar tenho de me dedicar mais a essa área :D
Eliminarabraço, boa semana
Ora, se mal não faz e se vê nisso os benefícios da salada, deve fazer algum bem. E ela volta sim, quando virar a esquina já se esqueceu disso da série...para mim seria impossível e profundamente triste...mas compreendo quem precisa e o faz nessa onda.
ResponderEliminaré triste sim, como as saladas!
EliminarHá "saladas" que sabem sempre bem.
ResponderEliminar.
Saudações, alegria e poesia.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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sempre é aquela coisa relativa :D
Eliminarboa semana, um abraço
Se a coisa é tão destemperada, tão sem gosto, tão, tão, tão nada, antes usar a irmã da mão esquerda.
ResponderEliminarTu, afilhado mailindo, já não tens emenda :)
nã disse que o sexo era destemperado... nã é ideal, mas é melhor do que com a irmã da canhota :D
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