fundamentalismo
parou de chover. há roupa e máscaras esquecidas ao vento. a árvore cujo nome desconheço, tem pequenas flores que são ocasionalmente beijadas por zangões. não os vejo ao pormenor, só pontos escuros que se aproximam. a luz vai desvanecendo enquanto esgravato palavras. o voo em ziguezague das andorinhas em breve será substituído pelo monótono vaivém dos morcegos. uma borboleta branca corta a imagem quase estática numa perpendicular. sigo-a até sair do campo de visão, desejando que não se desfaça em mil bocados. curiosa esta preocupação com as borboletas, as abelhas, os nomes dos pássaros, das estrelas, das árvores, enquanto estilhaço e me parto em mil nomes que desconheço.
...
ResponderEliminaré mais ou menos isso
Eliminareste poema de Adrián Mendieta Moctezuma lembrou o teu texto :)
EliminarCae una gota en mi hombro
cae un cielo en mi hombro
fuego sobre la piel
en braza ardiente me recorre.
Una lluvia que parte la mirada en miles de fragmentos,
un cielo destrozado que cae como asteroide
y rompe la dimensión cuadrada para volver asimétrica,
para hacer del espacio un mar
donce los pájaros son ciegos y tienen nervios de agua.
Ellos, los pájaros fluidos, los pájaros tornasoles,
fracturan al silencio, desgarran sus tejidos, abollan al aire
y vuelven de sus desechos los óvalos blancos que serán mis ojos.
muito, mas muito melhor que aquilo que escrevi :)
Eliminarmau! não há melhores, nem piores. gostei muito do que escreveste.
EliminarSão maravilhosos os constastes da vida, não é mesmo?
ResponderEliminar.
Um Sábado feliz
mesmo, sim, pena eu nã ser assim tão constante
Eliminarbom fim de semana
(eu gosto dos morcegos)
ResponderEliminarMau-tempo... vou contar-te um segredo. Não precisas estilhaçar-te. chiiiuuuu. Temos lugar para mil pássaros, mil estrelas, mil árvores e mil nomes.
grande fã de morcegos, mas nã há voo como o das andorinhas... elas são os caças da natureza
Eliminarjá estou estilhaçado, nã há gravidade que me cole
Parece que te baralharam um bocado as ideias, Cigano...
ResponderEliminarUm dia descobrirás - por ti - o nome de tudo o que te rodeia e vais ficar com a mente limpa de crenças. Olha por ti...vê por ti, sente por ti... :)
Fica bem.
é um bom conselho :) obrigada Janita, beijos
EliminarSó me lembro de ver andorinhas, por aqui, em criança. Tenho visto rolas, melros, pardalitos, algumas pegas e um sem número de bichos cujo nome desconheço mas andorinhas não.
ResponderEliminarNão saber o nome das coisas permite-nos baptizá-las com total liberdade . Acho que vou baptizar uma planta ou um bicho qualquer de andorinha, assim posso dizer que vi uma.
desconfio que já fizeste isso antes... viste o super pop e disseste: isto são coentros!
EliminarIsso, foi outra história ...
EliminarTenho um amigo a quem chamamos morcego há anos. Às vezes nem me lembro do verdadeiro nome dele :)
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