spoiler
A rapariga que se sentou ao meu lado abriu o livro. Eu também tinha um livro, e teríamos feito um casal engraçado, lado a lado, a lerem no autocarro. Mas ao fim do dia já não consigo ler. O meu livro ficou na mochila, enquanto a rapariga lia e eu imaginava sobre o que ela lia. Os meus olhos cansados, sem luz do dia, olhavam a cidade iluminada e pequenos pontos colavam-se à retina e mesmo fechados, os meus olhos viam. Eu via sem ver, para lá das paredes, das janelas, da matéria, via a decomposição dos elementos em partículas impossíveis, e só eu via aquilo que aquela hora do dia íamos atravessando ligeiros, enquanto a rapariga lia ao meu lado no autocarro.
Quem sabe não lia. Ralvez fingisse ler enquato via mesmo que tu.
ResponderEliminarBom 2019,Manel das tempestades ! :)
oh será que nã lia? eu a imaginar que ela ia naquela parte em que o selvagem se atira de uma árvore e aterra no colo da princesa :)
EliminarBom ano 2019 Maria Tutu, beijos
às vezes abro um livro e finjo que leio só para poder estar quieta e calada sem que ninguém estranhe nem faça perguntas
ResponderEliminarbom ano, Hury :)
às vezes coloco os headphones mas nã ligo a música :)
Eliminarbom ano, ana
Gostei do texto (muito), gostei da música e gostei (imenso) de te ver mais animado e predisposto à escrita, Manel.
ResponderEliminarQue 2019 só te traga alegrias, Cigano...Tu mereces! :)
Beijos (dois)
a poupar nos beijos :)
Eliminarbom ano, Janita, que te traga só o que tu desejares :)
beijos, múltiplos