trova
A outra dona por que eu trobava,
a dos sinais que nom 'ntendi,
do fundo do autocarro ela chamava,
Manel, que bom te ver aqui?
e com [tam] bom parecer, como esqueci
seu belo nome de flor brava.
Me pus 'ncarnado e a voz falhava
um tímido olá como 'stás respondi.
Que mui bõa conversa começava
vagando a seu lado um lugar vi,
nom contando que o varão que se ia,
lhe desse dos beijos! que invejava.
Quedei-me logo ali como estava,
à sorte numa página do caderno escrevi;
silêncio rei, nem um nem outro falava,
até ela me seguir onde sai.
Caminhando ao meu lado, a tudo respondi
Nom desconfiando que era mas longo o caminho que tomava.
Vê se ganhas juízo, ó trovador
ResponderEliminarSão pérolas a porcos, ouve o que eu te digo
O que agora pensas ser amor
Com essa, será um grande castigo
Que te dê as chaves, e ponto final
Que devolva os livros e o pechisbeque
Que tire a máscara, não é carnaval
Que o tu não és carapau que ela pesque
tu levas jeito pra isto... demorei horas às voltas com meia dúzia de rimas e tu num repente produzes esta maravilha!... mas tas confundida, esta é a do ensaio...
EliminarAh...cigano...já mudaste...:)
ResponderEliminardepois da segunda cerveja...
EliminarAhahah....eu adormeço...
Eliminarafinal também te faço rir :)
EliminarAh, Manel, nunca pensei
ResponderEliminarque poeta tu serias
és um trovador nato
contas a tua história
com tal jeito e trato
num português arcaico
que Camões cheio de mestria
tal poema jamais faria...:)
Beijos, Manel cigano.
Muito agradecido fico com seu aval
Eliminarquando o fez, que o fez com mui valor
e é modesta, sendo muito especial,
nã serei eu aqui o único trovador.