zero
cinco graus e chuva fraca… se usasse mais do que uma palavra
nos meus títulos.
À sexta escapam da clausura, trocam o cansaço e vestem a
melhor coisa por umas cervejas, ou outra espécie. A menos de seis quilómetros
vende-se, mas decidem uma rota mais audaz, ambiente melhorado, quase o triplo
da distância. Entenda-se ambiente melhorado como sítio ocasionalmente
frequentado por mulheres, sendo a noite de sexta o valor máximo da
probabilidade. Calha ao maltês na sorte, o azar de trazer o carro, não haverá
ressaca e o frio crava-lhe fábulas nos ossos.
Quatro graus e chuva fraca, queima como neve quando toca. É
rápido. Nas traseiras dos depósitos, ao fundo depois dos banheiros, não há
lençol amarrotado, somente frio e negrura infinita. É tão rápido que os olhos
não se habituam, deslizam cegos um no outro agarrados pela cabeça, pouco da
pele exposta é quente. Das bocas libertam-se arfados, ais em duas línguas, o ar
em nuvens, não há vocábulos, os corpos comprimem-se, atravessam os poros.
Zero graus e chuva fraca. Chega silencioso, mais gelado e vazio, amor ordinário, metade
do homem que escapou, sóbrio.
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Vá lá, nem tudo está perdido, metade do homem escapou sóbrio!
ResponderEliminarA noite fria, vazia e com muito grau de apatia não faz bem a ninguém Manelito.
Beijinho Moço :)
meio beijo em ti moça bonita :)
EliminarMeio afilhado, em meias sextas, meias sobriedades, meias temperaturas em ambientes meio escuros, meio escusos a que, nem meios amores se podem chamar. Outro meio que se move na lucidez. E assim se faz o mê afilhado mailindo quinté, que não há meio de dar volta a uma vida de meias tintas.
ResponderEliminarAbreijo em TU afilhado mailindo
meiolindo quinté :) da madrinha!
EliminarTalvez metade da noite seja a lembrança do dia :)
ResponderEliminarquando sonhamos, sim, acho que sim :)
EliminarO amor ordinário chega sempre gelado e vazio. Mesmo quando servido a trinta graus.
ResponderEliminarBonito post.
sintomas associados: dispepsia e eructação de palavras.
EliminarObrigado Capitã!
Uma curiosidade do caneco - factual - de saber qual a tua idade cronológica.
ResponderEliminar:D uma curiosidade do caneco... saber quantos me dás.
EliminarFactual: sou um desastre (conforme referi lá na hospedaria) a atribuir idades cronológicas. Do bebé ao avô (conforme o anúncio :)
Eliminarmas se calhar até acertavas... pronto, são 37
Eliminar73? quem diria!?
ResponderEliminar:p
caraças, devias ter dito um número... até podíamos ter feito um concurso :)
Eliminarnão brinques com os meus 17, à la totobola, ou levas uma canelada que nunca mais t'alembra a brincadeira dos númbaros. Eu é que m'alembrei dos númbaros, mazera só para saber, não para ganhar.
Eliminarai.
pardon... já cá não está quem latiu... :)
Eliminarai
já passou, agora queria saber da autoria do teu belo cabeçalho de pendor tão japonico :)
Eliminarmagellinadad.blogspot.pt/2012/04/japanese-woodblock-style-waves.html
EliminarO gurosan ficou na gaveta desta vez. ..
ResponderEliminar:)
nã pode ser sempre, ou qualquer dia fico sem figo... :)
EliminarE no zero também existe um todo que pode criar raízes.
ResponderEliminarDigo eu, que já me chamaram niilista !
Beijo Manel.:))
nã será de todo impossível, mas o zero é ambivalente, dependendo se está à esquerda ou à direita... :) beijo, beijo, beijo
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