canoro



Havia um canário em casa dos meus avós, numa pequena gaiola junto à janela. Chamava-se Canário e sempre o conheci assim, amarelo e manco. 

Não se sabe se aqui também foi a vontade que atiçou a ave, batendo as asas até a gaiola ficar no ar, suspensa. Só se sabe que não ficou inteira, estatelada no terreiro, e lá dentro a pequena ave em sofrimento. A minha avó que tinha o dom de atender às criaturas, cortou o que já não tinha cura e com paciência e extrema ternura, sem falhar um único dia, tratou a pata ferida até ficar um coto rosado. Cantou o canário ainda muitos anos, mais do que aqueles que alguém previra!


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