glaw
Pousei o livro como se descesse dele (pressionara um botão, as portas abriram e a saída para um ambiente não controlado). O sol continuava a brilhar enquanto se desfazia a órbita pelo céu. Alcatrão negro reluzia nas estradas e estacionamentos que se cruzavam com a linha. Guarda-chuvas fechados ainda pingavam de desânimo e a vegetação rebrilhava, como se naquele instante tivessem brotado novos rebentos em toda a parte. Verdes, amarelos, vermelhos, quase castanhos. Era como se ela abrisse passagem para mim e tudo resplandecia, numa visão rara e quem sabe real. Devia ser ao contrário, pensei. Era suposto levar a chuva e não ela me levar a mim.
Há que reverter o sentido das palavras, Manel.
ResponderEliminarNem sempre somos e agimos de acordo com o que julgamos ser.
Pensavas ser tempestade e, afinal, todo tu, Manel...és bonança!
Espero... :)
Abraços.